terça-feira, outubro 23, 2007

Direto da terra do Papai Noel

É, pessoal... finalmente começou o Petrotur. E estou agora em Natal, num congresso de automatização de projeto. E você me pergunta: o que diabos é isso? Um dia quando eu estava pensando sobre meu trabalho eu lembrei que há muito tempo, eu fui com minha família para um hotel em Teresópolis. O hotel era muito bom, cheio de coisas legais: esqui na grama, arco e flecha, parede de escalada e boliche. Sim! Boliche! Lá tinham duas pistas de boliche. Quando a gente queria jogar boliche, a gente tinha que avisar na recepção e dois menininhos eram colocados no fim das pistas para rearrumar os pinos e mandar a bola de volta. Que maldade, você pensou né? Pois bem, essas crianças estão para o boliche assim como a equipe de automatização de projetos está para o projeto de plataformas!

Voltando à vaca fria... Pegamos um vôo da Gol e fui devidamente acomodado na cadeira 14D. Ao chegar na cadeira, meu primeiro pensamento foi "legal, estou no meio do avião!". Eu tinha uma crença, quando criança, que ao voar de avião, não seria bom você ficar na frente pois se o avião caísse de bico, seriam os primeiros a beijar a lona. Se você estiver na parte de trás, ficaria muito perto da turbina do avião (pensando no conceito avião como nave espacial). O melhor lugar, portanto, seria no meio. Alguns segundos depois, li uma plaquinha que dizia que as cadeiras do meio do avião não reclinavam para não obstruir a passagem de emergência. Puta-que-pariu! Nem conseguir dormir eu vou! Depois, o pessimista crônico que existe dentro de mim pensou "melhor eu não conseguir dormir do que ficar longe da porta de emergência... qualquer coisa, eu sou o primeiro a pular fora!". Daí fiquei firme e forte. Me lembrou Harry do filme "Harry e Sally". Duas horas e vinte depois, chego à quina do Brasil.


Chegamos ao hotel que, segundo o site do próprio, é o "melhor resort de praia do Brasil em 2007". De fato, era bem legal. Acho que é o primeiro hotel 5 estrelas no qual me hospedo. Tentamos aproveitar um pouquinho na piscina e na hidro-massagem. Depois foi só o tempo de passar no quarto, tomar banho e ir jantar. O lugar indicado foi o Tábua de Carne no melhor estilo "all you can eat restaurant" ou "stick your foot into the jack fruit restaurant".


O primeiro dia de congresso começa, então, com o hino nacional, como de costume. Eu confesso que o hino brasileiro sempre me arrepia. Principalmente aquela parte "verás que um filho teu não foge à luta". Chega ser quase que um grito de guerra, sei lá. Dá uma sensação tipo "poxa, estamos todos nós nessa sala discutindo coisas para o avanço do país... estou ajudando a sociedade", mas logo depois me lembro de todos os participantes desse congresso que representam fabricantes de software americanos e que estão cagando quilos para o futuro do Brasil... pensamento altamente brochante...


Depois, há uma apresentação de abertura por parte de um grupo de crianças da comunidade de Felipe Camarão. Eles apresentaram música típica à base de rabeca e percussão misturada com teatro de fantoches. Depois um mestre rabequeiro velhinho veio se apresentar com eles... muito legal! Daí a coordenadora do projeto veio falar que iniciativas como essa fazem que comunidades como aquelas pudessem sair das páginas policiais e entrar nas páginas culturais. Confesso, isso meio que fez o sentimento do hino voltar à tona.


Em seguida começam as apresentações... meio mais ou menos, sabem? Depois rolou coffee-break, mais apresentações, almoço, apresentações, coffee-break, apresentações... Po, tô me sentido que nem o pica-pau naquele episódio "100 mil dólares... mansões... 100 mil dólares... mulheres... 100 mil dólares... iates..." De noite, rolou mais um jantarzinho com a galera. O restaurante chamado Camarões é claro que acentua minha alergia virtual e conheço a versão nordestina do já familiar filé à parmegiana! Hehehehe... bom!


Novo dia de congresso... várias palestras... blá blá blá e mais blá blá blá... no meio do dia, chega uma mensagenzinha no celular. Ah, foi como eu tivesse minhas baterias recarregadas em alta voltagem! Minha vez de falar... tudo certinho, ensaiadinho... Me senti num episódio de Faking It (aquele programa que passa na GNT e que traduziram como Tudo É Possível). E eu teria que convercer os juízes de que eu não era uma fraude! E não é que, no fim da palestra, um de meus treinadores me esfaqueia pelas costas?! Que sacanagem! Mas tudo bem... elogio da chefa e bola pra frente. De tarde, rolou um volley enferrujado em meio a ventos furacônicos. Chicago the wind city my ass!!! No fim do dia, jantarzinho pago e showzinho de música típica... meio mequetrefe, diga-se de passagem... A melhor parte foi depois voltar às origens com a marrequinha... fez o link?



Outro dia de congresso: SSDD. No meio do dia, pedi a quick massage a que tinha direito... muito boa!! Apaguei várias vezes ao longo! No fim do dia, mais volley de sobremesa e depois sauna!! Ao sair da sauna, perguntamos sobre o spa, que é pago separadamente. Aí é possível fazer um circuito de relaxamento que consiste de jacuzi, shiatsu, sauna (seca e a vapor) e ducha holandesa (??). A responsável pelo spa não nos contou o que era dizendo que a surpresa fazia parte! Depois nos arrumamos para jantar no Erva Doce. Depois de o taxista tentar meter uma bandeira 2 às 20:50, chegamos lá. Comida boa e companhia estranha. Inúmeros danados! Ao voltar para o hotel, emendamos num passeio noturno na praia da Ponta Negra.



Último dia de Natal... Lavagem de roupa suja em público e confraternizações finais... Mais do que rapidamente, rumo ao aeroporto e, mais do que demoradamente, bastante tempo de fila... Teve fila até durante o vôo. Nosso avião ficou sobrevoando o aeroporto do Galeão devido ao tráfego aéreo. Novamente, mais espera na hora de pegar a bagagem! E essa viagem é fechada com chave de adamantium com a namorada esperando na linha de chegada. Nossa! Foi a melhor chegada de viagem da minha vida! hehehe

terça-feira, outubro 09, 2007

Metal: A Headbanger’s Journey


“Even since I was twelve years old, I’ve had to defend my love for heavy metal against those who say it’s a less valid form of music. My answer now is that you either feel it or you don’t. If metal doesn’t give you that overwhelming surge of power, and make the hairs stand up on the back of your neck, you might never get it. And you know what? That’s okay. Because, judging from the forty thousand metalheads around me, we’re doing just fine without you.”

A elite da tropa


Pelas sempre sábias palavras da minha crítica de cinema em forma de namorada: "o filme é o máximo... pena que eu moro no Rio".

segunda-feira, outubro 01, 2007

A mãe dele é tão gorda que...


Quando eu era criança, eu era extremamente tímido. Assim, para quebrar o gelo com alguém que eu não conhecia muito bem, eu sempre perguntava: "você conhece alguma piada?" E daí a 2 minutos, estávamos rindo e daí a conversa rolava melhor... Eu sempre gostei de piadas e as pessoas que soubessem torná-las mais engraçadas sempre me fascinaram. Meu avô e meu pai sempre tinham uma piada nova na manga e eu adorava ficar ouvindo... Meu pai conseguia fazer até o estudo de história ficar divertido (isso que eu chamo de talento). Eu lembro das noites de finais de semana vendo o Ari Toledo na TV e lembro também do livro que de piadas dele que o meu pai comprou para mim... hehehe... eu já tô rindo só de lembrar...

Umas das boas lembranças que eu tenho da minha infância foram as rodas de piadas até altas horas nas festinhas. Acho que isso era o equivalente infantil de ir para o bar e ficar bêbado (não que eu tenha feito o equivalente adulto). Mas era muito legal se estragar de rir, rir de doer a barriga, rir de não conseguir mais parar e cada coisa que se fale, por mais normalmente sem graça, iria apenas ser ainda mais engraçado... A última vez que fiz isso, pelo menos que ficou bem marcado, foi no Nikkei, no Quebra Cabeça... mó galera acordada... piadas até as 6 da manhã... e foi muito bom! No final até surgiu uma idéia de fazer o Manual das Piadas... lembra do equivalente infantil? Pois é.

Agora, no século XXI, pelo menos para mim, as piadas meio que mudaram de cara. Atualmente a gente sai para ver essas piadas no que se convencionou chamar de Stand-up Comedy (tipo Jerry Seinfeld). Ontem fui a mais um e, para falar a verdade, meu gosto por piadas não mudou muito com o tempo. Adoro rir de não conseguir me controlar. E lá é legal porque são coisas bem cotidianas. O que me lembra uma fala do Robert de Niro, em Os Intocáveis: "rimos porque é engraçado ou rimos porque é verdade". E, quando se fala de Stand-up's, é basicamente a união perfeita dessas duas categorias. É uma delícia... hehehe

Lembro muito do meu pai, quando se trata de coisas engraçadas. Acho que meu gosto por comédia vem muito dele. Ele e eu já fomos ver vários filmes de comédia no cinema (lembro de ver muito dos filmes Loucademia de Polícia com ele). E ele adora esse tipo de filme porque, segundo o próprio, "a vida já tem drama demais..." Meu pai é um cara sábio... ;)


Agora, só para fazer uma seção "eu recomendo": Comédia em Pé (o Fernando Caruso e o Fábio Porchat são garantia de gargalhadas desenfreadas do começo ao fim) e Tarja Branca (a Letícia Novaes é genial).