domingo, agosto 19, 2007

And the story ends...

Há pouco mais de 4 anos, eu me formei em Engenharia Eletrônica. O tempo que passei na universidade foi incrível. Conheci pessoas que são meus grande amigos e amigas. E nada mais justo que fechar essa era na festa de colação de grau. Quero dizer, estou falando da cerimônia de "entrega" dos canudos e não do baile de formatura. Eu sempre gostei muito de ir a cerimônias como essa. Mesmo se não conheço muita gente, eu me sinto muito bem. Adoro o clima que fica no ar. Mesmo eu não entendendo nenhuma das piadas internas, eu sinto a felicidade e o sentimento de vitórias nos olhos dos formandos. É o dia deles! Lutaram 5 anos por esse dia. Sim, eu sei que, na verdade, eles lutaram para ter armas para brigar por seu futuro, mas estou falando do simbolismo do dia.

Quando chegou o meu dia, não foi diferente. Foi como mágica para mim. Aliás, não foi só o momento da cerimônia, mas tudo! Acho que essa festa começou a ser preparada no dia que eu soube que passei no vestibular. Resumindo, foi demais! Sempre que eu vou a uma festa dessas, eu meio que me sinto como um dos formandos. Eu sei o que é se sentar naquelas cadeiras no palco, vestido com aquela beca e fazendo a maior zona, contradizendo o papel de pessoas sérias do qual o diploma insistia em nos lembrar. Ali naquele momento, ainda éramos universitários que, via de regra, tínhamos como objetivo aprender não esquecendo de viver nossas vidas ao máximo!

E é tão bom poder ser o centro da festa... Pensando bem, na verdade, o centro da festa não são os formandos, nem os professores, nem as famílias. A festa foi feita como forma de celebrar toda essa abstração que engloba todos esses indivíduos e muito mais: os momentos, as amizades, os amores, os aprendizados, as lições de vida... E tudo isso foi vivido de uma maneira única por cada um e por todos juntos como uma turma, de modo a se unirem em um só ser. Dessa forma, cada turma é única. E cada turma merece aquela festa! E merece se sentir em casa com seus convidados.

E isso aconteceu! E vem acontecendo! Pelo menos até esse ano. Com a mudança da diretoria da Escola de Engenharia, também chegaram mudanças a respeito desse tipo de festa. Mudanças essas que acabaram com tudo isso que eu falei. Agora as cerimônias de entrega de diplomas serão unificadas para toda a Engenharia (e paga pela Escola - mas sem o baile). E só quem poderá se formar serão aqueles alunos que já defenderam o projeto final, sendo que o orador pode nem nunca ter ouvido falar de você na vida, ficando muito impessoal e frio! Aí você pensa: a solução é deixar que a Escola de Engenharia pague por esse engodo e fazer uma festa paralela! O sistema já pensou nisso proibindo os professores de participar de eventos concorrentes. Nessa última formatura, apenas 8 pessoas da Eletrônica se formaram em meio a outros futuros engenheiros de outras habilitações. Eu nem estava presente, mas ouvi, de pessoas que foram, as palavras "seca" e "curta".

ISSO É REVOLTANTE!!! As colações serão, agora, protagonizadas por pessoas e não por turmas. Serão indivíduos sozinhos. Me parece meio que uma forma de dizer: "Agora, meu caro formando, você está por sua conta. Esqueça tudo que você aprendeu sobre espírito de equipe e sobre fazer parte de algo maior. Nem tente olhar para o lado em busca de um rosto amigo!"
Para vocês verem como o negócio é absurdo: até onde eu soube, a comissão de formatura foi composta por apenas uma formanda. Ela que organizou tudo! Só que ela não conseguiu defender o projeto final a tempo da cerimônia. Conclusão: a coitada não pôde participar da festa da qual ela foi a única organizadora! Isso deve ter sido realmente divertido para ela, não acham? Ironicamente, a razão pela qual ela não deve ter tido tempo para defender o projeto final foi, provalmente, o grande gasto de tempo que ela deve ter dedicado aos preparativos da festa!

sábado, agosto 18, 2007

Who's house? (Say What?) Run's house!


quinta-feira, agosto 09, 2007

Just a little patience... yeeeeeah! yeeeeeah!

Estou fazendo um curso nessa semana. Coisas de trabalho. Eu geralmente levo coisas do doutorado para ler nos intervalos e coffee-breaks. Hoje eu esqueci de levar... Bem, daí tive que lançar mão de artifícios há muito esquecidos: joguinhos do Micro$oft Ruindows! Consegui fechar o paciência virando de uma em uma e de três em três. Depois descobri o tal do Spider Solitaire, que não era do meu tempo. Li as instruções no help e fui jogar. É uma espécie de solitaire bombado e apresenta 3 níveis de dificuldade: com 1, com 2 e com 4 naipes. Consegui com 1 e com 2 (esse último com algum esforço, muitas tentativas e alguma comemoração). Mas agora, com 4 naipes, é impossível. Amigo leitor, se você me disser que conseguiu fechar tranquilamente esse jogo com 4 naipes, lhe direi: não mete essa!

quarta-feira, agosto 08, 2007

Ele é um astro-pop? NÃO!!!!!! O que ele é então??? É SKYLAB! É SKYLAB!


Olha a figura que eu vejo passar por mim hoje nas ruas de Botafogo!

Para quem não conhece, é o gênio autor das tosqueiras musicais como Carrocinha de Cachorro Quente, Matador de Passarinho, Moto-serra, Você é Feia, Derrame e Puta! O pior é que, hoje mesmo, de manhã, estava tocando uma música dele no meu iPod pertinho do lugar onde o vi! Vai entender!

When I'm Eighty Eight


Sim, eu sei que o nome da música dos Beatles é "When I'm Sixty Four"! Clássico do disco Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band! Um dos possíveis berços do rock progressivo, estilo que tem, cada vez mais, chamado minha atenção. Mas o título do post está adaptado ao assunto sobre o qual ele trata...

Ontem eu fui à peça Chica Boa, no teatro do Clube Ginástico Português, no centro do Rio. O negócio é que um dos atores da peça é ninguém mais, ninguém menos, que o meu avô! Ele, do alto de seus 88 (eu disse 88) anos de idade, ainda trabalha como advogado e tira onda de ator de teatro nas horas vagas. Já fez várias peças, muitas das quais estive na platéia. Sua saúde é invejável! Eu não conheço ninguém que, na sua idade, tenha tanto pique! Mais do que muita gente que eu conheço de muito menos idade! Muitas pessoas da minha família envelheceram ao longo do tempo, mas ele não... ele me parece estar igualzinho a como era no tempo em que eu era criança. Parece que o tempo parou para ele... apesar de sempre ter tido seus cabelos brancos (ou quase).

Lembro que há alguns meses, quando me mudei, fui deixar uns quadros na casa dele. Ele tinha acabado de se separar da então esposa dele e eu queria ver como ele estava. Quando cheguei em frente ao prédio, ele já estava lá embaixo e com os cabelos mais castanhos que você possa imaginar. Daí eu perguntei: "Vô! Que cabelos são esses?" E ele me respondeu na maior naturalidade: "Ué! Agora sou solteiro! Agora tô broto!" Alguém aí pensou em galo? Sim! Galo absurdo intangível infinito! É ele mesmo!

Daí eu me pergunto: será que terei a metade dessa saúde quando chegar nessa idade?

segunda-feira, agosto 06, 2007

Decade of Aggression

Cara, tô ficando velho! No final desse ano, farão 10 anos que me formei no segundo grau do Colégio de São Bento. Por isso, no último fim de semana, rolou uma mais do que merecida comemoração. Aqui cabe nosso agradecimento ao Álvaro, que idealizou e concretizou nossa viagem à Casa de Encontros do Colégio Santo Inácio, em Correias, no estado do Rio. Aí você pergunta: "Ué, mas não era São Bento?" - Sim, mas nosso amigo, rei da lábia, conseguiu reservar esse lugar pra gente, de modo que foi possível fechá-lo inteiramente pra nossa festinha! Mais um ponto para o Ovinho!

Fretamos um ônibus, abastecemos o tanque, quero dizer, a geladeira, e pé na estrada! O lugar é legal mesmo! Quadras de basquete, vôlei, futebol de salão, quero dizer, futsol (não me perguntem!), campo de futebol, piscina, sauna, mesas de ping-pong e totó, varandão e uma sala de estar bem confortável com direito a lareira! E nem cinco minutos depois da chegada já começaram as partidas de basquete e, com elas, os machucados! Justa homenagem ao rala-côco. Para quem não sabe, o rala-côco é um conjunto de duas quadras localizadas em um certo colégio do centro do Rio cujo piso é composto de concreto e sangue de alunos.

Valeu para matar saudade das conversas com algumas pessoas que a vida se encarregou de afastar. Para alguém como eu, que não participou das noitadas com a galera nem dos famosos porres homéricos, rolou uma certa sensação de outsider, mas foi possível resgatar o sentimento de turma daqueles tempos. Foram dois dias de muita zona! Depois, no ônibus da volta, estávamos todos exaustos. Muitos dormindo, outros apenas de olhos fechados. Talvez lembrando de tudo que aconteceu há algumas horas.. ou há alguns anos... Talvez pensando no que os aguardava no retorno à realidade. Ou ainda, de repente, poderiam estar aproveitando o restinho do momento em que tudo parou para que voltássemos para um tempo em que não tínhamos grandes preocupações, em que podíamos ser crianças. Mas acho que, na verdade, o sentimento predominante era o de que tudo o que vivemos não estava no passado, mas no presente. Era um sentimento de que tudo aquilo estava e sempre estará dentro de nós e que poderia sair sempre que quiséssemos.