quarta-feira, julho 09, 2008

Nossa Tijuca

Foi um segundo encontro incrível! Fomos, naquela noite de domingo, para a Lagoa Rodrigo de Freitas a fim de aproveitar um lanchinho romântico no quiosque árabe. Conversamos, rimos, beijos para lá, beijos para cá... era o começo de uma história bem legal e esse fim de semana tinha sido fantástico. Contudo, tínhamos que voltar aos nossos "dias úteis" e, então, pegamos o carro rumo a nossa Tijuca.
Ao chegar na esquina da Rua Uruguai com a Andrade Neves, percebi um carro de polícia bem rápido atrás de nós, com as sirenes ligadas. Parei! Não iria querer nenhuma confusão com essa instituição falida (com perdão do clichê), ainda mais considerando que a mulher da minha vida estava no carro comigo. Assim que o carro parou, um policial sai do carro e caminha em nossa direção com uma cara de Capitão Nascimento.

- Boa noite - disse eu, tentando manter a calma.

- Recebemos uma informação sobre um Corsa preto que passava por aqui.

- Isso aqui é um Celta - falei, tentando não irritar o cara.

- Tudo bem então. Boa noite - encerrou o policial ainda com uma cara meio desconfiada.

Saímos, então, com um grande alívio nos acompanhando pelo resto do caminho. Sempre estamos ouvindo tantas coisas sobre blitzes falsas, seqüestros relâmpagos etc... Então foi um misto de alívio com uma sensação de que essas coisas estavam mais próximas do que imaginávamos. Que merda!

Essa história me veio à cabeça nessa semana. O episódio sobre o menino João Roberto me fez ver que essas coisas estão ainda mais próximas. Caralho! Um muleque de 3 anos com a vida toda pela frente! E porra! Fico imaginando como pode existir alguém que se propõe a ter uma arma na mão e acha normal atirar num carro sem nem mesmo saber quem está dentro! Será que a resposta é picar a mula mesmo? Deixar isso tudo para trás?

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