segunda-feira, junho 09, 2008

Diz que... (parte 1)

"O ruim de ter nariz pequeno é que, no frio, descasca..."

menina de uns 13 anos num 217 lotado
:: nunca irei saber. :-(

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domingo, junho 08, 2008

Kid Mu-Mu da Mangueira


Há uns dois anos e meio, tive que ir a São Paulo para ver um dos shows que eu queria mais ver na vida e que ainda faltava no meu álbum de figurinhas. Foi a única vez na vida que fiz isso (ver um show em outra cidade que não "A Maravilhosa"). Agora, as coisas estavam mais fáceis! O Megadeth, vulgo Megadeti, estaria passando por aqui por ocasião da tour sul-americana de promoção do seu mais novo disco, United Abominations. Eu cheguei a baixar o disco, mas não me emocionou muito. Sei lá, não tinha nada muito marcante, apesar de ainda ter algo de Megadeth.

Vamos ao show!

Chegando ao Citibank Hall, nosso eterno Metropolitan, já fui encontrando várias pessoas conhecidas de vários núcleos sociais... Mais uma vez o metal unindo as pessoas... que bonito! Foi o tempo de alguns encherem a pança e fomos direto para dentro da casa de shows. Deu para colocar alguns papos em dia e as luzes se apagaram, o que nos fez ir lá para frente receber a gringalhada. Detalhe interessante: era um mar absurdo de câmeras digitais!!! Chegava a ser engraçado!! Dave Mustaine, a.k.a. Kid Mu-Mu, aparece com seus novos comparsas: Shawn Drover, o baterista mais duro-sem-groove da história do metal, James LoMenzo, que é uma espécie de Ellefson genérico e o tão admirado Chris Broderick, ex-guitarrista virtuoso do Nevermore, com sua Ibanez de 7 cordas. Taí uma coisa diferente para o Megadeth... mas foi legal pois ele não trocou de guitarra uma única vez!

No que a introdução da primeira música, Sleepwalker, estava sendo tocada, já ouço alguém falar: "presta atenção no guitarrista". Apesar de ser música nova, de um disco mais pra lá do que pra cá, ela foi muito bem recebida, com refrão cantado por todos a minha volta. Também, eu acho que, com a empolgação que a galera tava, eles poderiam abrir com Florentina, que geral ia agitar pra cacete! Então, só para acabar com qualquer possível má impressão que uma música nova possa ter causado, eles mandam numa seqüência mortal: Wake-up Dead e Take no Prisioners. Nisso, eu já tava lá no meio da galera cercado por duas rodinhas! Nota rápida: nem lembrava mais há quanto tempo isso não acontecia. Ouvi até alguém falando: "que começo de show foi esse?!?!"

Nessa altura, eu já estava a menos de 10 metros do palco e eles mandam a faixa de abertura do Countdown to Extintion, Skin o' my Teeth, e alguém pisa no cadarço do meu tênis! Ai que merda! Comecei a imaginar meu tênis voando na galera e aterrisando no palco, destino similar ao do meu guarda-chuva no show do Testament. A banda já tinha conquistado a platéia. Então, acho que era hora de tentarem mais uma música nova: Washington is Next! Que foi meio mais ou menos, porém bem melhor do que sua versão de estúdio. A melhor coisa dessa música foi a chance de ter conseguido colocar o cadarço do meu tênis para dentro da meia, solução paliativa. Foi a vez, então, de emendar em My Darkest Hour. Essa é a clássica música "geral pulando"!! Muito maneiro!!

Só não foi melhor que a próxima! Hangar 18!!! Um dos clássicos do Rust in Peace com todos os seus mil solos!!! Os quais eu consegui ver de muito perto!! Nunca pensei que poderia ser de tão perto!! Muito foda!! O único problema foi o cadarço do outro tênis... mas na pausa para a próxima música, consegui resolver o problema. Aí veio a legal (mas nem tanto) She-Wolf e a baladinha mór da banda: A Tout Le Monde. Muito maneira!! O que foi seguida pela porradona Tornado of Souls!!

Foi a vez, então, da seção clássicos do Countdown: Sweating Bullets e Symphony of Destruction. Depois disso, deu para ver o quão pela-sacos eram os metaleirozinhos de meia-tigela que estavam a meu redor. Começaram a pedir por músicas tipo Trust! "Caralho" - pensei, "Trust não! Pô! Cadê Hook in Mouth? Cadê Rust in Peace... Polaris?" Nisso, entrou o baterista e começo a marcar o compasso no bumbo, como o começo de Trust! "Ah! Não é possível!" - pensei. Ainda bem que entra o baixista e já manda a introdução de Peace Sells! Ah há! Dessa forma, teve fim o tempo regulamentar.

Na volta para o bis, só se poderia esperar por uma coisa: uma das maiores porradas do metal de todos os tempo, HOLY WARS!!!! Foi uma experiência única poder ver tão de perto!! Eu tava absurdamente perto do palco, como há muito tempo eu não ficava!! Muito foda mesmo!! Tanto que no final até pensei: "beleza, pode acabar o show agora que meus 55 reais já valeram..." Acho que ele ouviu... Conclusão final: show muito bom!! Banda nova de Kid Mu-Mu tava bem entrosada. O próprio tava mandando muito bem, apesar de não ter interagido com a galera! Alguns pontos fracos: baterista duro, baixista apagado e guitarrista novo fodão prejudicado pelo som baixíssimo e embolado de sua guitarra. Até seu solo no meio do show foi meio curto e tímido. Mas pô, Megadeth é Megadeth!!

PS: hummm... Ibanez de 7 cordas.... hummm

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segunda-feira, junho 02, 2008

Caipiroska!!

Voltando a escrever, vergonhosamente sem a menor freqüência...

Esse era um show que estava prometido há algum tempo. Já tinha baixado o show e vi que tinha sido fodão! Aparentemente, em 2003, o Jeff Scott Soto tinha sido convidado pelo próprio Brian May para se apresentar na convenção anual de fãs de Queen. Ele, para quem não sabe, já foi da banda do fanfarrão guitarrista sueco Yngwie J. Malmsteen (atual irmão gêmeo cabeludo do Sargento Pincel) na época do Rising Force (ele devia ter uns 18 anos), fez parte do Talisman e ainda teve uma passagem relâmpago pelo Journey.
Para essa noite especificamente, veríamos shows da banda Repplica (sim! com 2 P's), do Jimi Jamison (da banda Survivor) e a noite seria fechada com o JSS. A primeira banda foi legalzinha, com alguns momentos mais maneiros e outros mais mornos... A última música foi a que eu mais gostei, mas não decorei o nome. Estou meio traumatizado de comentar show de bandas nacionais por aqui.
Em seguida, veio o Jimi Jamison (como é mesmo nome do chefe do Peter Parker?). O show foi, pelo menos para mim, muito mais marcante devido à banda de apoio: os paulistas do Tempestt. Muito bons músicos!! Bons mesmo!! Eles serviriam como banda de apoio tanto do JJ quanto do JSS. Mais uma vez, os gringos colocando os brasileiros para ralar!! O show foi encerrado com o grande hit do Survivor, conhecido mais como trilha sonora do filme Rocky: Eyes of the Tiger. Falar que essa música foi cantada em coro pelo público presente seria injustiça com todas as demais músicas (internacionais) da noite: todas foram fielmente acompanhadas por cada um dos presentes. A grande surpresa (!!) do show foi a ausência da também hit Burning Heart, trilha do Rocky IV. Mas também caguei! Eu queria era ver Queen!!

Não demorou muito, JSS entra no palco ao som de It's a Beautiful Day, vestindo uma camisa do LA Lakers. Sei que é o time dele e tal e que ele deve gostar muito do grande astro do time Kobe Bryant, mas não se deve ir para um show de rock no Brasil com um "24" estampado bem grande na camisa! (Nota rápida: Spurs, vão tomar no cu!!) Sacanagens à parte, ele cumprimenta a galera e a banda começa mandando One Vision. Tudo bem, musiquinha pop, marcou o começo dos shows durante a Magic Tour. Mas já me veio uma sensaçãozinha de "ô meu filho!! Escolhe melhor as músicas, aê!!". Ok, ok... eu não seria (nem sou) aquele chato que vai falar que faltou a música x ou a música y, então continuemos... Emendaram rapidamente numa música que provavelmente foi uma das melhores da noite (se não foi a melhor), Let Me Entertain You. Devo destacar que a banda, apesar de terem ensaiado muito pouco (pelo que eu soube), estava entrosadíssima!!


Foi a vez, então, da popíssima Another One Bites The Dust. Uma música que, para mim, já estava mais do que saturada. Aí eu comecei a pensar. Tudo bem, tem que tocar os clássicos pop. Beleza. Já entendi. Mas, pô! Ali deveriam ter umas, sei lá, 150 pessoas. Cara, só devia ter mega fã de carteirinha. Esperando ver coisas do arco da velha! Então, meu caro, acho que ele seria muito bem recebido se mandasse alguns (ou muitos) lado-B-mega-obscuros! Estou errado? No meio dessa, ele encaixou I'll Be Waiting, da sua banda Talisman. Depois, pediu licença e ainda mandou um cover não-real: Crazy, do Seal. Até que foi legal e, apesar de plebéia, a música foi muito bem recebida pelo público.

Foi aí que desfilou, sem muito impacto, I Want to Break Free e, com bastante impacto, o clássico do disco Jazz, Fat Bottomed Girls, com sua guitarrona (em Drop-D) bem pesadona. Foram seguidas pelo contagiante clássico de A Day at the Races, Somebody to Love, que, por razões óbvias, foi uma das mais cantadas pela galera! Foi um dos grandes exemplos de como estavam coesos os backing vocals, promovidos pelo Tempestt. Ouvi até um pessoal especulando se não seriam playbacks. Prefiro pensar que o playback se restringiu ao piano/teclado.

Em seguida, veio I Want It All. Quase que uma oportunidade de rodinha! Bem pesada e muito bem executada por toda a banda. E, para relaxar, mandaram o clássico dueto com David Bowie, Under Pressure e a mega-pop-não-agüento-mais-ouvir Radio Gaga. No meio dessa música, estava JSS com um copo de caipiroska bem ao lado do pendestal do microfone. E, a cada fim de frase, ele tentava bicar o canudo. Mas o tempo entre cada frase se mostrou muito curto para isso. Até que, numa dessas tentativas, ele manda um "fuck!" e vai para o que é mais importante: mais uns golinhos! hehehe... Alías, ele se mostrou hilário! Disse que a única coisa que aprendeu em portugûes foi "quero que se foda"... É... acho que ele aprendeu uma das mais úteis frases que se pode usar por aqui.

Acho que foi nessa hora que ele atendeu ao pedido de várias pessoas, cantando uma música da banda fictícia Steel Dragons: Stand Up. Muito fodona! Se bem que o cara que melhor tocaria a guitarra dessa música estava na platéia. Espero vê-lo em breve com seu Possessonica. Praticamente o Zakk Wylde brasileiro! Mr. Bebeto Daroz!

Em seguida, vêm Bohemian Rhapsody e The Show Must Go On para fechar a primeira parte do show. Diga-se de passagem, para fechar com chave de ouro! Foram executadas perfeitamente com direito a playback no meio de Bohemian.

Voltando para o bis, eles tocaram uma música do Tempestt. Muito boa!! Pesadona!! Com um punch absurdo!! Era uma música que o próprio JSS cantou com eles no disco. Deu até vontade de comprar o disco deles. Pena que não estava vendendo no local. Nessa hora, volta o JJ, que mais parecia o pai do Paulo Ricardo, do RPM, para cantar, em dueto com JSS, o clássico esquecido Burning Heart! Ah há!! Depois disso, encerraram o show com a clássica (e manjada) dobradinha We Will Rock You / We Are the Champions. Conclusão: show muito bom! Vocalista muito fodão! Com uma voz muito rock n' roll. Com uma banda super entrosada e mandando muito bem! Muito bem mesmo! O setlist foi um pouco mais voltado para fãs genéricos e não fãs "hard-core", que eu acredito que estavam em grande maioria naquela noite.

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